quarta-feira, 8 de julho de 2009

Onde está você?

No mês de abril, fui trabalhar, como em qualquer dia normal.

Leciono das 07:00 às 12:00 e costumo chegar em casa por volta de 13:00, no máximo 13:30.

Só que neste dia em especial, uma professora do turno da tarde precisou faltar, e a diretora me convidou para substituí-la. Eu topei.

Até aí tudo bem!

Só que a bonitinha aqui esqueceu de ligar pra casa e avisar a família… foi mal.

E pra acompanhar a caca, no local onde trabalho não pega celular! Tá bom pra você?

Quando digo que não pega, é no sentido amplo da palavra. Nem Claro, nem Vivo, Oi, ou TIM.

(Ficou chocada? Você acha que é o fim do mundo? Isso é assunto pra um outro post…)

Há outro detalhe: a escola só tem uma linha de telefone convencional.

Mas calma! Por pior que seja uma situação sempre dá pra piorar mais um pouquinho.

É que a Internet da escola é discada, então quando precisam usá-la, não dá pra telefonar. OK?

Na minha calma habitual pensei o seguinte: estão conectados agora, então daqui a pouco eu volto e ligo pra família.

Mas, sabe como é professora: engata uma conversa aqui, outra ali e quando olhei para o relógio já estava na hora de tocar o sinal. Fui pra sala e me esqueci completamente do que ia fazer e iniciei as aulas como se nada tivesse acontecido.

Enquanto isso em casa, a coisa fervia. Marido e filha ligaram para a escola e o secretário disse que eu já havia saído.

Só que o marido, como todo bom estrangeiro naturalizado brasileiro, não desiste nunca: continuou ligando para todos os conhecidos, e apesar de querer poupar minha mãe e minha irmã, chegou um momento em que sem ter mais no que pensar, resolveu ligar para elas.

Foi a salvação, pois minha irmã trabalha na mesma escola que eu, apesar de na ocasião estar de licença. É que ela conhece toda a equipe da escola e ligou pra lá, comentando com o secretário sobre meu desaparecimento e ele foi conferir.

Graças a Deus tudo se esclareceu: eu estava na sala de aula, bem tranquila quando o meu colega Elias bateu na porta e pedindo mil desculpas pelo ocorrido, dizendo que não foi por mal pois não tinha me visto na escola no turno da tarde.

UFA!

Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. O duro foi chegar em casa e tentar me explicar. Eu cheguei pianinha, parecia até um cordeirinho, e já fui falando “pode brigar comigo, falem o que quiser, vocês estão cobertos de razão.

Mas, como eu tenho um marido excelente, super-companheiro e uma filha bastante compreensiva, ninguém brigou comigo.

Refeitos do susto, demos boas risadas pelo ocorrido.

Quanto ao meu amigo Elias, é um cara totalmente do bem, tudo não passou de um mal entendido. A sala que eu fiquei é bem distante da secretaria, no fim do corredor. E como eu não tinha o hábito de substituir ninguém, e pra completar, ele não me viu quando chegou do almoço. Achou que eu já tinha ido embora.

Agora, vamos combinar que a peça rara aqui sai de casa às 05:45 e retorna às 18:45 sem avisar nada, tá querendo o quê? Virar manchete de jornal?

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